Conselheira Laurinda Moiane
A recusa do resultado ou de iniciar o tratamento é um caso comum. O medo resultante da falta de informação tem sido um dos motivos por detrás da não aceitação. O trabalho do apoio psicossocial joga um papel preponderante para ligar o paciente aos cuidados e tratamentos.
No dia 10 de dezembro de 2020 a conselheira Laurinda Moiane, afecta ao C.S. de Beluluane, foi alocada um caso índex do nome Avenina Boaventura para testar o seu parceiro.
Depois de localizada a casa do caso index, testou o parceiro e o resultado deu positivo. Apesar de todo o aconselhamento dado antes do teste e que parecia aceite, depois do resultado, o utente jurou que não queria fazer tratamento porque se sentia muito e bem de saúde. Apesar dos esforços da conselheira no aconselhamento pós teste positivo parecia em vão.
Foram várias visitas de seguimento de modo a mudar o seu posicionamento em relação ao tratamento, sempre manteve a sua posição de não fazer o tratamento ou, dizia-me para o esperar na unidade sanitária, mas não aparecia e sempre alegando falta de tempo. Apesar dessa negação, a conselheira pela sua experiencia conseguia notar uma tendência a aceitação ao tratamento .
De forma inesperada, um belo dia, “o utente me liga dizendo que mudou de residência e que vivia no distrito de Chibuto província de Gaza. Mesmo assim, continuei a fazer seguimento via telefónica até que acabou aceitando apresentar-se numa unidade sanitária do distrito de Chibuto província de Gaza. No dia 6 de Abril de 2021, mandou via WhatsApp a foto do cartão e dos comprimidos como comprovativos de que já esta em cuidados e tratamentos. E a esposa também me ligou a dar esta boa nova e agradeceu muito pela paciência e persistência que terminou com a ligação aos cuidados e tratamento do seu esposo”.
A persistência da conselheira valeu mais um utente ligado, o que representa mais uma vida saudável para o casal.